Saímos de 44 áreas de compras pulverizadas, para apenas uma, sob a responsabilidade da DGA desde 02/01/24. Temos o desafio de subsidiar pilares essenciais para a população: Saúde e Educação.
As licitações das Unidades de Ensino e Órgãos da Reitoria são centralizadas na DGA há mais de 20 anos. Na área da Saúde, existiam mais 3 áreas de compras com competência para realização de licitação, que também foram incorporadas na centralização.
O pregão é centralizado na DGA desde 2006.
O primeiro desafio foi estruturar as equipes e gerentes, administrar e mediar relevantes diferenças culturais, de valores, de experiências, visto que foram compostas por servidores da DGA, dos Hospitais, das Unidades de Ensino; e novos contratados por concurso público.
A cultura de planejamento de contratação pública não era uma prática consolidada na Universidade, o que torna a implantação da centralização um processo extremamente complexo. O volume de demandas de baixo valor é alto e sempre foi tratado individualmente, por cada Unidade de Ensino, no processo de autonomia de gestão.
Um ponto crítico enfrentado no dia a dia deste início da centralização é que a maior parte das demandas de baixo valor tem chegado sem vinculação ao PCA 2024, comprometendo o cronograma de compras, além de riscos para a eficiência e a celeridade dos processos.
A realização da fase preparatória tem sido difícil e morosa, dada a inexperiência com o novo regramento, e receio com a responsabilização por parte dos gestores e técnicos.
Estamos vivendo coletivamente um processo árduo de aprendizado com as áreas técnicas e demandantes, para planejar, flexibilizar, negociar para a definição dos requisitos das contratações semelhantes, que atendem a vários interessados. Uma mudança de paradigma que requer pensar em soluções comuns, que tragam o melhor para a Universidade como um todo e não apenas localmente.
A instabilidade e mudanças é outro ponto enfrentado cotidianamente no processo de centralização. Durante esse ano, tivemos que rever nossas regulamentações e modelos padronizados, assumimos riscos por flexibilizar a formalidade de alguns processos para não comprometer o abastecimento da Universidade.
Buscamos diariamente o equilíbrio entre a adequada formalização (com estrito cumprimento do que foi idealizado pelo legislador) e o atendimento do interesse público, em especial no contexto da Unicamp, uma estrutura complexa, com volumes expressivos, com características muito variadas, características de uma Instituição maior que a maioria dos municípios do País.